24 junho 2014

You Win or You Die


A vida é uma caixinha de surpresas. Quantas vezes já não ouvimos isso, não é? O engraçado é que toda vez eu me lembro da caixa de Pandora, onde, segundo a mitologia grega, estavam guardados todos os males do mundo. Toda lenda tem um fundo de verdade e nesse caso acho uma representação perfeita da vida. É impossível estar vivo e não ter sofrido nenhum tipo de mal. Estamos cercados por todos os lados e não há nada que possamos fazer pra escapar. Podemos escolher como nos sentimos e o que pensamos durante uma fase ruim, mas isso não muda o fato de estarmos em uma situação ruim, só a maneira você reage ao que está acontecendo. Particularmente sempre tento ser o mais realista possível. As coisas estão ruins? Sim. Podiam ser piores, como podiam ser melhores, tudo depende do tipo de atitude que tomamos. Escrevo isso mais para pessoas que, como eu, precisam ser lembradas de tempos em tempos que a nossa situação atual veio de uma série de fatores anteriores. Fiz muitas escolhas ruins e muitas vezes eu sofro por elas, mas a verdade é que não posso fazer nada senão aceitar a minha condição e passar por ela. Na minha fase atual eu luto, mas toda vez que chego pra enfrentar o chefão para ir para o nível seguinte eu falho e tenho que voltar desde o início. Canso facilmente, não tenho mais ânimo e nem forças para ir até o fim. Sinto-me, aos poucos, largando o controle e deixando o jogo acontecer por si mesmo. Game Over ou You Win: o que tiver que ser, será.

22 junho 2014

Dica de Filme: Monte Carlo


Sinopse: Grace (Selena Gomez) sonhava em viajar para Paris e surgiu uma chance de fazer isso com as amigas Meg (Leigthon Meester) e Emma (Kate Cassidy). A aventura não estava lá essas coisas e elas se meteram em algumas furadas, até o momento em que Grace se fez passar por uma milionária chamada Cordélia muito parecida com ela e aí tudo mudou, colocando as três no meio da alta sociedade. A questão é que essa "moleza" vai acabar na exata hora que a verdadeira Cordélia voltar de sua viagem.

Eu sei, muitos de vocês são haters da Selena Gomez por motivos insignificantes, e mesmo assim vou falar de um filme dela, pois eu gostei e assisto sempre que passa.


Por mais que na sinopse diga “amigas”, isso é totalmente mentira! Estão mais para três irmãs adotivas: Grace, que acabou de se formar do ensino médio e está louca para sair da vida medíocre por um tempo, ir a Paris e se achar, redescobrir. Emma é uma adulta que largou o colégio para ser modelo, mas não deu muito certo e agora é garçonete junto de Grace. Meg é a mais velha e está no último ano da faculdade, passa bastante tempo longe de casa, mas foi a Nashville durante seu tempo de férias. 

Grace vem programando e juntando dinheiro junto com Emma há um bom tempo para poderem viajar para Paris, no meio disso os pais delas decidem que seria melhor se Meg (não muito querida pelas outras irmãs) fosse junto e é por ai que começa a aventura. 


Elas estão tendo um terror de viagem até que confundem Grace com a famosa herdeira Cordelia e começa todo o luxo da viagem, novos amores, lugares bonitos e roupas de alta costura!

O que gosto desse filme é que as meninas começam a se relacionar melhor, descobrirem um pouco mais sobre si mesmas, e toda a dinâmica do filme na hora que tudo começa a se enrolar. Ótimo para assistir com alguma amiga ou mãe pelo menos.


E então, já assistiram? O que acharam? Se não, preparem as pipocas que ta na hora!

Por que não sente a dor?


Nel mezzo del camin... 

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha... 

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha. 

Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida. 

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
(Poesias, Sarças de fogo, 1888.)

Estrada longa para pés tão cansados como os nossos que fatigavam a cada passo... E a tristeza? Com certeza pairava sobre meus ombros tristes que carregam junto com o resto uma alma cheia de sonhos e de beleza, acredito eu.

Eu disse “uma alma cheia de sonhos”... Sonhos para nós, eu e você. As duas pessoas que se encontravam caminhando sob a luz do luar nessa noitada fria que nos enfraquecia a cada segundo que nossas pernas se moviam.

E já não era hora... Paramos.

Parecendo ou não parecendo... Mas para mim... Tua mão se soltou muito rápido e fácil da minha que a tantos anos a teve presa como uma promessa. Mostrou-me que, o que antes havíamos construído juntos não estava mais em seu coração.

Por que não choras? Por que não te emocionas? Por que não sente a dor? A dor que eu sinto agora...

Me vi parado como um lobo tremulo observando tua imagem se indo... E assim foi tua sombra junto que desapareceu na curva do caminho que eu não me atreveria a passar e pedir pelo sofrimento da despedida de novo.